Reflexão 📖
8 de maio
Cedendo os direitos
Leitura Bíblica: Gênesis 13.14-18. Percorra esta terra de alto a baixo, de um lado a outro, porque eu a darei a você (Gn 13.17).
Há muita gente que diz: “Vou lutar pelos meus direitos até o fim” e briga por eles, custe o que custar. Diante de atitudes assim, é bom saber antes de tudo que a razão é de quem a tem e não de quem a quer. Há certas ocasiões em que nem vale a pena lutar pelos nossos supostos direitos. Ainda mais quando a questão envolve amizade: é melhor “perder” alguma vantagem do que um bom amigo.
Houve um tempo em que os empregados de Ló e de Abraão se desentenderam porque os dois tinham muitos bens e rebanhos e o espaço onde eles viviam se tornara pequeno. Abraão, sendo o tio de Ló, poderia ter o direito de ditar as normas, mas deixou o privilégio da escolha para seu sobrinho (veja Gn 13.1-13). Ló gostou da ideia e aparentemente escolheu o lugar que parecia ser o melhor para ele. Se não conhecêssemos a história, diríamos que Ló fez uma excelente escolha. O problema é que ele não conseguiu enxergar além do visível e palpável.
No texto de hoje vemos o que Deus disse a Abraão sobre a terra destinada a ele. Diante disso, quem fez a melhor escolha? Acompanhando a história, verificamos que o local onde Ló foi morar era próximo a uma cidade que foi condenada e destruída por Deus por ser extremamente depravada. Depois ele perdeu a sua esposa e sua descendência passou a ser baseada numa relação incestuosa com as filhas. Quanto a Abraão, seus descendentes herdaram a Terra Prometida, formando o povo de Israel, do qual nasceu Jesus Cristo, que veio ao mundo para dar sua vida em favor de toda a humanidade.
E então, vale a pena brigar pelos seus direitos? Nem sempre! Entregue, pois, todas as suas reivindicações a Deus – ele agirá com justiça, de acordo com sua vontade – e deixe que ele busque os direitos dele na sua vida. – MM
Abrir mão de um direito pode ser uma prova de amor ao próximo e de confiança em Deus.